Tulipiliques – Heranças Indígenas no Português do Brasil 

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 Você já parou para pensar na quantidade de palavras de origem tupi existentes em nosso idioma? São essas influências que fazem da língua portuguesa falada no Brasil um idioma tão especial! César Obeid estudou as palavras de origem tupi e as uniu aos limeriques, poemas curtos de origem inglesa. Desse casamento nasceu o neologismo ‘tupiliques’, uma mistura poética de limeriques e palavras de origem tupi.

Autor: César Obeid
Ilustração: Geraldo Valério
Faixa etária: A partir de 10 an os
Trabalho interdisciplinar: História, Literatura, PortuguêsIndicação: 6º Ano (EF2), 7º Ano (EF2), 8º Ano (EF2), 9º Ano (EF2)
Área: Não Ficção
Assunto: Cultura, Poesia, Povos indígenas
Temas relacionados: Faz de Conta, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente
Formato: 21,00 x 24,00
Número de páginas: 40
ISBN: 9788516085100
Editora Moderna

 

 

Argumentação do livro: Tupiliques – Heranças Indígenas no Português do Brasil

O livro trabalha em três vertentes que se cruzam:
A primeira mostra a formação e a evolução da língua portuguesa falada no Brasil, por meio da influência das línguas indígenas. Quantas línguas falavam os nativos que aqui moravam? Qual língua os colonizadores encontraram aos chegar ao litoral brasileiro? Os filhos dos europeus com as indígenas, fato que marca o início da nossa miscigenação, falavam qual língua? Por que será que só a língua portuguesa falada no Brasil não possui o sotaque dos falantes de Portugal? Quantas línguas são faladas no Brasil? Quantas são oficiais?
Essas e muitas outras questões são resolvidas no decorrer do livro.
– A segunda frente de trabalho do livro é mostrar quais são as palavras que usamos no português falado no Brasil que são de origem indígena. O veículo poético que transporta estas palavras é o Limerique, uma forma fixa de poesia, muito utilizada para temas de humor. Os alunos, ao aprenderem a história e a estruturação poética do limerique, poderão treinar a escrita poética criativa, fazendo os seus próprios poemas de uma só estrofe. Escrever poemas de uma só estrofe, com começo, meio e fim em apenas cinco versos, será mais um exercício de concisão, com o qual os jovens vão se identificar, pois já estão bem acostumados com a linguagem breve do twiter, por exemplo.
Os alunos, de qualquer idade, vão se encantar com a circularidade humorística, causada pela métrica irregular dessas quintilhas.
– A terceira frente é a etimologia, ou seja, a ciência que estuda a formação das palavras. Seja no texto inicial de abertura, seja nas tabelas que permeiam todo o livro, quando existe uma formação etimológica que vem do tupi, consta-se a possível formação. Isso abre imenso campo de estudo para pensarmos nas trocas culturais que acontecem até hoje no nosso idioma.
O livro “Tupiliques”, ao trazer os poemas com as palavras de origem indígena, ao mostrar a formação etimológica de muitas dessas palavras (vale lembrar que nem toda palavra de origem tupi possui esta formação) e ao contar como se deu a formação da nossa língua, por meio das influências indígenas, mostra um pedaço do Brasil que nós vivemos, falamos e comemos diariamente, mas não havíamos pensado a respeito. Durante muitos anos, os elementos que formam as culturas indígenas; ou ficaram de fora da escola, ou foram mostrados de forma folclorizada, reduzida, sem a sua devida importância. Este livro é mais uma ferramenta para pensarmos as culturas dos nossos povos tradicionais com o coração aberto, sem preconceito.
Viva a nossa cultura, Tupilique-se!!!!